SindJustiçaRN marca presença em encontro da Fenajud com debates sobre clima e sociedade
- quinta-feira, 27 de março de 2025.
Aconteceu nesta quinta-feira, 27, o 4º Encontro Regional Norte e Nordeste da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), em Maceió (AL). O SindJustiçaRN enviou a maior comitiva entre as entidades participantes, entendendo a importância da presença em uma atividade que, além de abordar temas relevantes para a definição de estratégias de luta das trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário Estadual, promove a relação entre os demais sindicatos do Nordeste.
Na sua fala de abertura, um dos coordenadores gerais da Fenajud, Alexandre Santos, destacou a presença dos membros da Coordenação Colegiada do SindJustiçaRN: "Importante termos aqui essa grande representação do Rio Grande do Norte. Uma gestão eleita pela categoria, mas que, infelizmente, enfrentou o golpismo que chegou ao movimento sindical. Os representantes do SindJustiçaRN chegam aqui para somar aos debates que irão acontecer neste encontro".
João Maria, suplente da Coordenação Colegiada, considera que um encontro como esse é um momento em que aqueles que estão entrando na luta sindical podem ampliar os seus horizontes através da escuta da vivência daqueles mais antigos: "É uma troca sem igual, inclusive por ser uma reunião de entidades de duas regiões que vivem uma realidade, de certa forma, semelhante".
Painel "Os desafios e oportunidades para os trabalhadores no contexto da urgência climática e a importância da transição justa"
O primeiro painel do evento teve como foco as questões climáticas e como esse tema também deve ser uma pauta do movimento sindical. Everson Costa, especialista em Economia e Trabalho, Supervisor Técnico do Dieese/PA, fez uma explanação trazendo os últimos acontecimentos climáticos da Região Norte do Brasil, assim como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Entre os pontos de destaque da sua fala está o fato de que os sindicatos precisam estar inseridos nos temas relacionados às questões dos impactos ambientais diante do desenvolvimento econômico. O Supervisor Técnico do Dieese/PA alertou que as questões climáticas refletem na sociedade e, com isso, também na classe trabalhadora.
O coordenador geral do SindJustiçaRN, Joalde Barbosa, fez uma intervenção no momento aberto para falas, acrescentando a preocupação com a justiça ambiental, o desrespeito ambiental e a colocação do capital da classe trabalhadora em um local de subserviência e servidão eterna: "Por mais que tenhamos a consciência de classe, de classe trabalhadora, sempre seremos massacrados e isso tende a piorar. Por isso a importância de momentos como esse, que a gente se reúne como categoria para, juntos, procurarmos maneiras de combater esse cenário".
Sobre o painel, Jomar Medeiros, coordenador sócio-esportivo, lembrou que em novembro Belém irá sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas: "Parece ser algo distante, mas as questões ambientais estão muito perto de nós. O sindicato também possui esse papel de trazer esse tema para a sociedade".
Painel "Xenofobia: violação de direitos e consequências sociais"
O segundo painel foi apresentado por Cícero Filho, Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas. O palestrante falou sobre o quanto a xenofobia é presente no Brasil, e quando tratamos de Norte e Nordeste, ela é ainda mais intensa e mais forte: "Para quem é xenofóbico quanto ao Norte e Nordeste, temos mato e seca. Pobreza, ignorância, uma caricatura exagerada, inclusive reforçada pela mídia corporativa, que podemos chamar de xenofobia do desprezo."
Um ponto importante abordado também pelo painelista foi a "xenofobia de classe": uma espécie de preconceito do Brasil, em virtude da classe social, cor da pele e CEP, que criminaliza a maior parte da população. "Pessoas oriundas de um mesmo país, sendo um pobre e outro rico, o tratamento será diferente para os dois. Silenciar sobre a xenofobia é uma forma de permissividade".
"Lamentavelmente, o servidor do Judiciário vive em uma bolha. Parece que a vida se resume às paredes do Judiciário e seus interesses, com pouca ou nenhuma participação nos movimentos sociais. A gente precisa mudar o mundo, e não apenas as nossas vidas. É uma classe que não se reconhece como trabalhadora pelo fato de ter uma condição melhor se comparada com a maioria dos trabalhadores brasileiros. Importante entender que temos um problema coletivo. As nossas lutas são importantes, mas as nossas lutas não devem anular a busca por um mundo melhor para todas as pessoas", admitiu.
A coordenadora geral, Luciana Cileide, a partir da palestra, disse que "como a xenofobia possui muitas camadas e se mistura com outros preconceitos, é uma pauta que precisa ser levada para o sindicato e para o Judiciário. Ela nos afeta de forma direta, afinal, fazemos parte da sociedade e também precisamos estar presentes para que esses preconceitos não existam mais, com o objetivo da construção de uma sociedade melhor".
O 4º Encontro Regional da Fenajud reforçou a importância da união entre os trabalhadores do Judiciário na luta por direitos, justiça social e sustentabilidade. Com debates profundos sobre xenofobia, emergência climática e desafios sindicais, o evento destacou a necessidade de os sindicatos ampliarem suas pautas e atuação, conectando-se às demandas da sociedade. A participação massiva do SindJustiçaRN demonstrou o compromisso da categoria potiguar em construir uma agenda coletiva, fortalecendo a resistência e a busca por um futuro mais justo e igualitário para todos.
Participam do encontro: Luciana Cileide, Joalde Barbosa e Bernardo Fonseca (coordenadores-gerais); João Elias (coordenador pedagógico e de formação política); Jomar Medeiros (coordenador sócio-esportivo); Sara Jane (coordenadora dos direitos da pessoa com deficiência e da diversidade social); João Maria da Silva, Ielmo Peregrino e Tânia Shirley (suplentes). Os coordenadores e suplentes que não participaram da reunião justificaram suas ausências.
Assessoria SindJustiçaRN
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Na sua fala de abertura, um dos coordenadores gerais da Fenajud, Alexandre Santos, destacou a presença dos membros da Coordenação Colegiada do SindJustiçaRN: "Importante termos aqui essa grande representação do Rio Grande do Norte. Uma gestão eleita pela categoria, mas que, infelizmente, enfrentou o golpismo que chegou ao movimento sindical. Os representantes do SindJustiçaRN chegam aqui para somar aos debates que irão acontecer neste encontro".
João Maria, suplente da Coordenação Colegiada, considera que um encontro como esse é um momento em que aqueles que estão entrando na luta sindical podem ampliar os seus horizontes através da escuta da vivência daqueles mais antigos: "É uma troca sem igual, inclusive por ser uma reunião de entidades de duas regiões que vivem uma realidade, de certa forma, semelhante".
Painel "Os desafios e oportunidades para os trabalhadores no contexto da urgência climática e a importância da transição justa"
O primeiro painel do evento teve como foco as questões climáticas e como esse tema também deve ser uma pauta do movimento sindical. Everson Costa, especialista em Economia e Trabalho, Supervisor Técnico do Dieese/PA, fez uma explanação trazendo os últimos acontecimentos climáticos da Região Norte do Brasil, assim como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Entre os pontos de destaque da sua fala está o fato de que os sindicatos precisam estar inseridos nos temas relacionados às questões dos impactos ambientais diante do desenvolvimento econômico. O Supervisor Técnico do Dieese/PA alertou que as questões climáticas refletem na sociedade e, com isso, também na classe trabalhadora.
O coordenador geral do SindJustiçaRN, Joalde Barbosa, fez uma intervenção no momento aberto para falas, acrescentando a preocupação com a justiça ambiental, o desrespeito ambiental e a colocação do capital da classe trabalhadora em um local de subserviência e servidão eterna: "Por mais que tenhamos a consciência de classe, de classe trabalhadora, sempre seremos massacrados e isso tende a piorar. Por isso a importância de momentos como esse, que a gente se reúne como categoria para, juntos, procurarmos maneiras de combater esse cenário".
Sobre o painel, Jomar Medeiros, coordenador sócio-esportivo, lembrou que em novembro Belém irá sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas: "Parece ser algo distante, mas as questões ambientais estão muito perto de nós. O sindicato também possui esse papel de trazer esse tema para a sociedade".
Painel "Xenofobia: violação de direitos e consequências sociais"
O segundo painel foi apresentado por Cícero Filho, Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas. O palestrante falou sobre o quanto a xenofobia é presente no Brasil, e quando tratamos de Norte e Nordeste, ela é ainda mais intensa e mais forte: "Para quem é xenofóbico quanto ao Norte e Nordeste, temos mato e seca. Pobreza, ignorância, uma caricatura exagerada, inclusive reforçada pela mídia corporativa, que podemos chamar de xenofobia do desprezo."
Um ponto importante abordado também pelo painelista foi a "xenofobia de classe": uma espécie de preconceito do Brasil, em virtude da classe social, cor da pele e CEP, que criminaliza a maior parte da população. "Pessoas oriundas de um mesmo país, sendo um pobre e outro rico, o tratamento será diferente para os dois. Silenciar sobre a xenofobia é uma forma de permissividade".
"Lamentavelmente, o servidor do Judiciário vive em uma bolha. Parece que a vida se resume às paredes do Judiciário e seus interesses, com pouca ou nenhuma participação nos movimentos sociais. A gente precisa mudar o mundo, e não apenas as nossas vidas. É uma classe que não se reconhece como trabalhadora pelo fato de ter uma condição melhor se comparada com a maioria dos trabalhadores brasileiros. Importante entender que temos um problema coletivo. As nossas lutas são importantes, mas as nossas lutas não devem anular a busca por um mundo melhor para todas as pessoas", admitiu.
A coordenadora geral, Luciana Cileide, a partir da palestra, disse que "como a xenofobia possui muitas camadas e se mistura com outros preconceitos, é uma pauta que precisa ser levada para o sindicato e para o Judiciário. Ela nos afeta de forma direta, afinal, fazemos parte da sociedade e também precisamos estar presentes para que esses preconceitos não existam mais, com o objetivo da construção de uma sociedade melhor".
O 4º Encontro Regional da Fenajud reforçou a importância da união entre os trabalhadores do Judiciário na luta por direitos, justiça social e sustentabilidade. Com debates profundos sobre xenofobia, emergência climática e desafios sindicais, o evento destacou a necessidade de os sindicatos ampliarem suas pautas e atuação, conectando-se às demandas da sociedade. A participação massiva do SindJustiçaRN demonstrou o compromisso da categoria potiguar em construir uma agenda coletiva, fortalecendo a resistência e a busca por um futuro mais justo e igualitário para todos.
Participam do encontro: Luciana Cileide, Joalde Barbosa e Bernardo Fonseca (coordenadores-gerais); João Elias (coordenador pedagógico e de formação política); Jomar Medeiros (coordenador sócio-esportivo); Sara Jane (coordenadora dos direitos da pessoa com deficiência e da diversidade social); João Maria da Silva, Ielmo Peregrino e Tânia Shirley (suplentes). Os coordenadores e suplentes que não participaram da reunião justificaram suas ausências.
Assessoria SindJustiçaRN
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